Dalai Lama

"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido." 

 "Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente." 

"Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância." 

"Torne o resto da sua vida tão significativo quanto possível.. Consiste apenas em agir levando os outros em consideração. Assim, encontrará paz e felicidade para si mesmo." 

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior." 

"Olhe para a pessoa que lhe causa aborrecimento e tire proveito da oportunidade para controlar a própria ira e desenvolver a compaixão. Entretanto, se o aborrecimento for muito grande ou se você achar a pessoa tão desagradável que seja impossível agüentá-la, talvez seja melhor sair correndo!" 

"A compaixão tem pouco valor se permanece uma idéia; ela deve tornar-se nossa atitude em relação aos outros, refletida em todos os nossos pensamentos e ações." 

"O inimigo comum de todas as disciplinas religiosas é o egoísmo da mente, pois é a causa da ignorância, da cólera e do descontrole, que originam todos os problemas do mundo." 

"Neste mundo não existe verdade universal. Uma mesma verdade pode apresentar diferentes fisionomias. Tudo depende das decifrações feitas através de nossos prismas intelectuais, filosóficos, culturais e religiosos."  

"Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir." 

Breve diálogo entre Dalai Lama e Leonardo Boff: 
No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga: Leonardo Boff: "Santidade, qual é a melhor religião?" Esperava que ele dissesse: "É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo". 
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos — o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta — e afirmou: "A melhor religião é aquela que te faz melhor." Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar: "O que me faz melhor? " "Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..." Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.